Fêmeas tem mais propensão do que humanos, em desenvolver o câncer.
Em cadelas com propensão ao desenvolvimento de neoplasias, de todos os tumores possíveis, a probabilidade da ocorrência do câncer de mama fica entre 45% e 50%. É o que afirma o médico-veterinário Andrigo Barboza de Nardi, autor do livro Quimioterapia Antineoplásica em Cães e Gatos (2008) e coautor de outros dois, Oncologia em Cães e Gatos (2016) e Princípios e Técnicas de Cirurgias Reconstrutivas da Pele em Cães e Gatos (2016).
O Outubro Rosa é uma ação que acontece todos os anos para ressaltar a importância da prevenção e tratamento da doença, que segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), apresenta 25% mais casos a cada ano. O que muitos não sabem é que o câncer de mama é mais comum em animais do que em mulheres.
A maioria dos casos da doença que atinge os pets está ligada a gravidez psicológica, já que a disfunção hormonal é um dos grandes vilões responsáveis pelo problema. As fêmeas castradas antes do primeiro cio apresentam apenas 0,05% de chances de desenvolver a doença. Após esse período, as chances aumentam entre 8% e 25%, ou seja, caso não haja a intenção de procriar, a principal orientação é que os tutores as castrem o quanto antes.
PREVENÇÃO
Como a incidência é alta, o melhor é prevenir. A prevenção vem atrelada à castração do paciente. Sabe-se que, quando feita antes do primeiro cio, a castração reduz em até 91% o risco desse tumor, porém novas diretrizes estão sendo estudadas já que trabalhos sugerem consequências indesejáveis da castração precoce, como:
Incontinência urinária na fase adulta;
Obesidade;
Pets grande/gigantes com problemas articulares;
Caroços na região das mamas ou próximo a elas;
Dores;
Presença de secreções.
Portanto, a maior indicação de castração seria entre o primeiro e segundo cio, com redução de efeitos colaterais e benefícios ainda da redução do câncer de mama. Uma vez que o animal é castrado e as oscilações hormonais não ocorrem, as chances diminuem.
Outro ponto importante é não usar anticoncepcionais, pois eles aumentam a probabilidade do desenvolvimento de câncer de mama em cachorro. Além disso, é essencial que, quando o tutor for coçar a barriguinha do pet, aproveite para ver se não há nenhum carocinho.
É possível palpar todas as mamas para verificar se há qualquer anormalidade. Assim, caso qualquer alteração seja encontrada, o peludo pode ser levado ao médico-veterinário para ser examinado. Por fim, é indicado levar o pet pelo menos uma vez por ano ao médico-veterinário para o check-up.
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